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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As Duas Árvores de Valinor



As Duas Árvores têm um ciclo na qual são criadas, destruídas, e, antes de morrerem, dão origem a dois dos astros de maior importância. Inclusive Tolkien criou para esta história, a explicação para o fato de o Sol e a Lua surgirem no Leste, para as crateras na Lua e para os eclipses.


Criação
Os Valar foram para Valinor e Yavanna criou as Duas Árvores, Telperion de prata e Laurelin de ouro.
Telperion era considerada a masculina e Laurelin a feminina. As Árvores se situavam no monte de Ezellohar, ou Corollairë. Cresceram à presença de todos os Valar, regadas pelas lágrimas de Nienna.
Telperion tinha as folhas escuras, prateadas em um dos lados e seu orvalho prateado era coletado como fonte de água e luz e armazenado num tonel.
Laurelin tinha folhas de verde viçoso orladas a ouro, e sua flor tinha a forma de uma cornucópia brilhante.
Cada uma tinha sua plenitude atingida a cada sete horas até lentamente escurecer. Duas vezes ao dia, no entanto, por uma hora os raios prateados e dourados se fundiam.


Destruição das Árvores
Invejoso, Melkor pediu ajuda da aranha gigantesca e faminta Ungoliant para destruir as Duas Árvores, prometendo que teria todo o alimento que desejasse. Ungoliant então teceu uma teia escura que impedia que os vissem, e juntos foram até as Árvores. Melkor as atingiu até o seu centro, e Ungoliant lhes sugou toda a seiva. Destruiu também os tonéis que continham o orvalho das Árvores, e com um tamanho gigantesco, fugiu junto com Melkor, que agora sentia medo dela. Valinor ficou silenciosa nas trevas que precederam o surgimento do Sol e da Lua.
Então, o elfo da estirpe dos Vanyar, Elemmírë, compôs o Aldudénië, o Lamento pelas Duas Árvores de conhecimento de todos os Eldar.


Anar e Isil
A pedido de Manwë, Yavanna cantou e Nienna chorou, e Telperion e Laurelin então, no último suspiro, produziram uma flor de prata e um fruto de ouro respectivamente, e morreram. Foram deixadas no Monte Ezellohar como um "monumento à glória perdida".
Manwë, Valar dos ventos, consagrou a flor e o fruto, e Aulë, marido de Yavanna e ferreiro dos Valar, criou naves para conter e preservar seu brilho. Então dois Maiar se ofereceram para carregar as Naves daqueles que foram chamados de Anar, o Ouro de Fogo e Isil, o Esplendor em Quenya e Anor e Ithil em Sindarin: O Sol e a Lua. Esses Maiar eram Arien, que levava a nave solar, e Tilion, o Timoneiro da Lua. Isil subiu primeiro, e à sétima vez que cruzava o céu, Anar surgiu gloriosa Essa história está contada no Narsillion, o Cântico do Sol e da Lua, e é sem dúvida uma das mais conhecidas de todo O Silmarillion, porque o Destino das Árvores é comentado muito ao longo do livro e a luz que emanavam foi a chave para o desencadear da história em torno das Silmaril, que preservavam o brilho.


Recriação
Segundo uma versão não publicada de O Silmarillion, a versão original, Mandos previu que, na Batalha Final, Anar e Isil serão destruídos, mas as Três Gemas serão resgatadas e Fëanor seu criador, poderá sair das Mansões de Mandos de modo a entregar as Gemas a Yavanna, que as quebrará e com sua luz, devolverá a vida para as Duas Árvores.

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